Esta espécie de blog é na realidade um fórum de discussão sobre o que a revolução que se pretende (ou não) no sistema educativo português.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

9. Cadeia de responsabilidade

Um conceito anglo-saxónico em voga é a ideia de “accountability”. Eu traduziria pela assumpção de responsabilidade por parte dos decisores, e, na sua aplicação ao sistema de ensino e às escolas, na decifração de uma cadeia de responsabilidades. Sou firme adepto da definição de responsabilidades para o topo, para o meio e para a base de qualquer processo que envolva mais de uma pessoa, e para qualquer organização. Parece-me que, sendo séria e transparente, todos os envolvidos têm a beneficiar com esta decifração de responsabilidades. O que temos em Portugal, na minha humilde leitura da história e da actualidade, é o oposto. Ministério a colocar o ónus no professorado e nas “escolas”, argumentando ou dando a entender a sua infalibilidade, e os professores, em contra-ataque, a empurrar o ónus para o Ministério, recusando a sua quota-parte de responsabilidade; já para não falar na responsabilidade que cabe à sociedade como um todo e aos alunos e encarregados de educação também, claro está. Uma cadeia de responsabilidades é fundamentalmente diferente da ideia de procurar bodes expiatórios, e a discussão da primeira corre sempre o risco de resvalar na procura destes. Mas com cautela e análise, gostaria de saber a opinião dos comentadores:

Seria possível estabelecer um processo para este nosso sistema de ensino em que seja possível decifrar as responsabilidades de cada um? Como fazer, a que aspirar, para quê?

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