Esta espécie de blog é na realidade um fórum de discussão sobre o que a revolução que se pretende (ou não) no sistema educativo português.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

3. Aulas assistidas

Tem sido uma questão polémica quanto baste durante este processo de discussão da avaliação de professores. Isto apesar de parecer um dado bem mais adquirido noutros sistemas de educação. Acresce curiosamente que, entre nós, as aulas assistidas são tidas como uma parte essencial da avaliação de professores em início de carreira, mas daí para a frente desacreditadas por alguns. Não é, para mim, uma questão polémica, pois penso que toda a gente devia ter aulas assistidas, sem que isso seja igual a dizer que toda a gente devia ter aulas assistidas para efeitos de avaliação com consequências remuneratórias.

Pois, assim sendo:

Aulas assistidas, sim ou não? Quando e para quê? Por quem?

6 comentários:

  1. Completamente a favor das aulas assistidas. As aulas assistidas têm o potencial para contribuir para a disseminação de boas ideias e para a correcção de velhos hábitos e tiques "invisíveis". Mas não vejo que possam ser assim tão significativas para a "avaliação" dos professores pelo seu superior hierárquico (esta do superior é bem estranho ao léxico habitual das escolas, por acaso).

    As aulas assistidas são, na minha opinião, e partindo do pressuposto que os professores envolvidos são profissionais, no sentido de seguirem os princípios éticos da profissão, uma boa catapulta para mais colegialidade dentro das escolas.

    Acredito firmemente que a instituir aulas assistidas, seria meio caminho andado para que alguns de nós partilhassem mais da sua vida dentro da sala de aula, expusessem os seus medos, as suas conquistas, partilhassem materiais, etc. Claro que isto já acontece em muitas escolas, sem aulas assistidas, mas, no geral, não se perde nada.

    Quanto ao facto de se perderem aulas da própria turma para assistir a aulas doutro professor. Na maior parte dos casos (exceptuando o primeiro ciclo), verdade seja dita, é uma gota no oceano.

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  2. As aulas assistidas deviam ser usadas como melhoramento, formativas e não punitivas.

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  3. A questão não está nas aulas assistidas, mas no quem tem competência para julgar quem.

    Aulas assistidas numa perspectiva formativa é prática em algumas escolas( na minha já fizemos dentro do mesmo grupo)

    Num esquema de avaliação com consequências para o avaliado, penso que só deveriam existir se houvesse professores com formação para tal, ou inspectores de ensino

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  4. Bruno,

    concordo plenamente com o teu ponto de vista.

    O único problema é fazer das aulas assistidas o ponto fulcral da avaliação. Há muita coisa que pode correr mal ou bem numa aula.

    Abraço
    Tiago
    http://democraciaemportugal.blogspot.com

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  5. As aulas, para mim são do domínio público, abertas tanto a alunos como a colegas.Tive aulas assistidas enquanto estagiária e assisti a aulas enquanto orientadora de estágio. Para ser franca é mais fácil ser assistida do que assistir!
    Nas minhas aulas "recebo" alunos de outros professores ou meus de turmas diferentes. Penso que os próprios alunos (os meus) percebem que a dinâmica da aula depende, essencialmente, da turma que "temos" pela frente. O mesmo tema, o mesmo texto suscita diferentes modos de Estar na sala de aula.
    Aprendi muitas "coisas" com as minhas estagiárias e vão aprendendo diariamente com os alunos, tal como já referia Sebastião da Gama no seu Diário.
    Este ano lectivo estou a leccionar Português ao 10ºano profissional de Multimédia e, adaptei os conteúdos às novas tecnologias, que também me estão a fascinar. Não tenho qualquer problema em alterar os meus hábitos/formas de ensino, desde que esteja ciente de que podem melhorar a minha actividade,mas eu sou por natureza uma pessoa que nunca consegue fazer nada na vida sempre da mesma maneira.

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  6. Sim às aulas assistidas.

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