Esta espécie de blog é na realidade um fórum de discussão sobre o que a revolução que se pretende (ou não) no sistema educativo português.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

2. Avaliação interna

Em primeiro lugar, temos de reconhecer que a avaliação interna é um processo natural e intrínseco das organizações, porque é um juízo reflexo de cada um dos intervenientes em primeiro lugar. Todos nós avaliamos os contextos em que nos situamos, mais ou menos conscientemente, e produzimos juízos sobre o funcionamento das nossas organizações. Avaliamos “o todo”, mas avaliamos também os indivíduos que fazem parte desse todo. O que nem sempre acontece é este processo ter existência na vida “falada” das escolas. A questão é como transladar esse exercício de opinião num processo transparente, o menos discricionário possível e próprio da vida da escola.

Assim sendo, queiram dizer de vossa justiça:

Quem avalia? Para quê? E como? Que consequências?

4 comentários:

  1. E a escola é também uma organização? Não, não é. Assim sendo, quando partimos de premissas tão divergentes, não é possível o diálogo. Hoje, ressurge um outro olhar: cooperação e não divisão. A crise que vivemos ( económica e de valores) remete para a construção de um Homem mais humanista.E tudo a que assistimos hoje, nas escolas, é a antítese. Prestar contas...prestar contas, até dos sorrisos que trocamos com os nossos alunos.

    Maria Rodrigues

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  2. Maria, vou ter de me explicar melhor talvez. Mas olhe que concordamos nas premissas. Várias pessoas em conjunto constituem uma organização, no caso de uma escola, uma organização com uma cultura de funcionamento de cooperação, mas ainda assim, com papéis definidos para os seus agentes, com uma actividade definida, e com instrumentos (físicos e intelectuais) próprios dessa actividade.

    A minha ideia da organização da escola até está muito mais ligada ao que já li no campo da antropologia e da psicologia - humanista, portanto, e nada nada relacionada com as "organizações" dos doutores da gestão e dos recursos humanos.

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  3. Sou a favor da Avaliação Interna. Uma avaliação externa poderá ser mais isenta mas tb injusta. Em 2 ou 3 aulas que alguém (que não me conhece) vá assistir poderei, facilmente, brilhar e ser o melhor do mundo. Será real?
    Na Escola todos se conhecem.

    Quem avalia?
    Em primeiro lugar tem que ser pessoas voluntárias e que se achem com capacidade para tal.
    Depois poderá ser uma comissão com representantes de todos os grupos disciplinares ou os coordenadores de grupo disciplinar (se forem eleitos pelos colegas para esse efeito).


    Para quê?
    Para melhorar! Só para isso.

    E como?
    De todas as formas que quiserem. Nada me repugna desde que seja justo, pouco burocrático e que não influencie o normal funcionamento do meio escolar.

    Que consequências?
    Podem até dar 3 valores, para progressão, por cada excelente. Desde que as cotas sejam na progressão e não na avaliação.
    Cada um dará o máximo de si (se quiser) para atingir essa excelência.

    Abraço
    Tiago
    http://democraciaemportugal.blogspot.com

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  4. Para melhorar desempenhos, o melhor é a avaliação interna, por professores qualificados para o efeito e reconhecidos pelos pares.

    Esta avaliação não deve ser contudo decisiva para a progressão, esta deve estar regulado mecanismos externos, de modo a não degradar o ambiente entre professores.
    .

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