Esta espécie de blog é na realidade um fórum de discussão sobre o que a revolução que se pretende (ou não) no sistema educativo português.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

5. Divisões na carreira

A instituição de uma divisão da carreira uniformizada de professor até aqui vigente é outro “produto altamente inflamável”. Levanta paixões entre os que se viram beneficiados e os que se viram prejudicados. Surge como um problema aos que contavam atingir o topo num processo mais ou menos automático e como uma benesse para os que querem o topo o mais depressa possível. A titularidade aos 18 anos de serviço foi claramente um artifício do governo para poupar dinheiro e empurrar professores em topo de carreira para mais horas de trabalho. Mas é também um facto que já existia uma divisão de carreira entre contratados e efectivos. E essa divisão, de facto, nunca pareceu problemática.

Portanto, a verdadeira questão, a considerar:

Uma carreira única, com progressão por tempo de serviço, ou uma carreira com divisões estruturais? Essas divisões estruturais devem ser instituídas com que critérios de escolha de candidatos? A existirem divisões, elas baseiam-se em conteúdos funcionais diferentes ou em diferentes níveis de responsabilidade? A existência destas divisões implica algo mais na escola, implica uma decisão sobre a estrutura a implementar: uma organização piramidal, ou uma organização horizontal?

6 comentários:

  1. As divisões na carreira deveriam ter por base os mestrados e doutoramentos dos preofessores.

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  2. Concordo totalmente com o anônimo das 12.33

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  3. Também concordo, desde que não fossem só estes a desempenhar os cargos burocráticos.

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  4. Titulares e não titulares é ridículo.
    Então da forma como decorreu o concurso...

    Não me oponho a que haja hierarquias:
    - Executivo
    - Coordenadores de grupo disciplinar
    - Professores

    O Mestrado ou Doutoramento não dão competência automática. Há muitos "inginheiros" fajutos tb!!!!

    Todos nós sabemos reconhecer o mérito de colegas pelo conhecimento que temos do seu trabalho. Nada melhor do que o voto democrático (secreto para não criar atritos) para eleger os mais capazes.

    Abraço
    Tiago
    http://democraciaemportugal.blogspot.com

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  5. Sempre existiu uma hierarquia informal. Agora formalizou-se, mas com muitas injustiças.

    Carreira:
    Base Comum para todos. Os escalões de ingresso devem ser melhor remunerados, após um ingresso exigente, através de uma prova. Nada de notas de curso aldrabadas como acontece actualmente.

    O acesso aos escalões de topo pode estar sujeito a vagas.

    Especialização para funções de gestão intermédia, para quem gostar de as exercer.

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  6. Em 2006, no último ano que fui professor em Inglaterra, instituiram por lá a figura de "Professor de Sala de Aula", como forma de carreira alternativa.
    Isto porque nos anos anteriores tinham sido criadas divisões nas carreiras e premiado financeiramente os professores que assumiam cargos. O resultado foi a debandada da sala de aula para os gabinetes de "coordenador de ano", "coordenador de ensino especial", "coordenador de alunos excepcionais", "coordenador de visitas de estudo", etc, etc..
    É importante que as divisões de carreira reflictam também o trabalho primeiro de cada professor, que é na sala de aula.
    Dito isto. Sou de acordo com hierarquias na escola, sou de acordo com uma estrutura de liderança que inclua chefias intermédias (coordenadores/titulares/outro nome qualquer), e sou de acordo que existam um bónus monetário para essas funções.
    Mas esses professores devem poder "recuar" na carreira se quiserem concorrer para outra escola onde não existam vagas para "chefe", por um lado, e têm de assumir responsabilidades extra por outro lado - ou seja, face a uma avaliação externa/interna do agrupamento como um todo.

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